Se a resposta na frente do espelho for uma lagrima que escorre, a garganta que aperta, ou as pálpebras que descem para acompanhar um suspiro doloroso, fale para a pessoa do espelho que você a ama, e que a aceita do jeito que ela é, e que tudo bem sentir o que está sentindo. Em seguida, pergunte o que você pode fazer hoje para que ela se sinta melhor. Começamos aí talvez, a descobrir o que realmente nos faz feliz e que nem sabíamos.
É algo terrível esse exercício de "boa conduta" social, porém sem nenhum sentimento verdadeiro, esse de perguntarmos ao próximo como ele está, e torcer para q ele responda "estou bem", e assim nos livrarmos logo daquela situação e irmos para as outras tantas de mesmo palco teatral.
Mas como aprendemos a amar ao próximo se não somos capazes de amarmos a nós mesmos antes?! Essa lei divina e natural que apesar de ser tão simples, é de execução tão laboriosa! "Amai ao próximo como a ti mesmo" disse Jesus.
Ao nos perguntarmos como estamos, as palavras podem sair automaticamente mas a emoção nos contará a verdade nua e crua sobre nós mesmos. Aquilo que se sente, não podemos mudar, até aceitarmos e curarmos a fonte daquele sentimento.
Quando a razão tenta negar a emoção sentida no intuito de domá-la, fugindo ao movimento natural do auto conhecimento, essa razão assim como o espírito da pessoa, está doente.
O nosso melhor termômetro são as nossas emoções, e se aprendermos a aceita-las e começarmos a sentir o que elas nos mostram, sempre teremos uma resposta para qualquer situação que procurarmos uma solução.
A razão sempre vai enxergar os dois ou mais lados de uma situação, argumentando os prós e os contras. A decisão que devemos tomar, é aquela em que a emoção sentida é de paz. E o caminho da paz, é sempre o caminho do amor.
O Caminho do amor nem sempre será o mais aclamado pelos espectadores, bem pelo contrário, mas será o caminho mais florido, bonito, iluminado e que levará a verdadeira felicidade e paz interior. Não significa que ele é um caminho reto e liso, mas até a natureza nos ensina que os lugares mais bonitos ficam nas regiões de mais difícil acesso.
Criemos então o hábito de nos perguntar como estamos todos os dias! e o que podemos fazer por nós mesmos para sermos felizes só por hoje!
Quando essa tarefa for algo intrínseco em nós, poderemos perguntar ao próximo verdadeiramente, e com sentimento... - "Como vai você?"