terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Queimar Navios!

* Dedico esse texto à uma pessoa muito especial e também o responsável pela existência deste post: Gustavo!! (Junka)


O simples ato de conseguir abrir as mãos e largar, deixar ir, algo que queremos muito ou que amamos muito, acredito ser uma das tarefas mais difíceis que existem. Mais difícil ainda é sacrificar uma dessas coisas.
O que é inegável, é a ação de que devemos praticar isso todos os dias, em diversos aspectos e por diversas situações.
Acabamos "prendendo" situações ou coisas ao longo de nossas vidas e concomitantemente ficamos "presos" a isso tudo.
Se pararmos para analisar os motivos a que estamos atrelados a alguma ideia, desejo, sonho, situação, pessoa ou objeto, muitas vezes nem saberemos dizer o porque. Com absoluta certeza os motivos que inicialmente nos atraiam a essas questões não existem mais. Com certeza hoje, os motivos iniciais foram substituídos pelo simples fato de que não sabemos nos afastar daquilo que não nos serve mais.
Os motivos são variados, pode ser por ter medo de perder algo que não interessa mais, não desperta mais curiosidade, nem desejo, nem euforia, mas que é preferível ter algo assim do que não ter. O que se parar para pensar, é um forte egoísmo vestido com a mais pomposa roupa da corte, o orgulho. Este que faz preferirmos algo que não nos serve mais, do que o lugar "vazio" que a saída disso deixará para trás.
Acontece que se não desocupamos o espaço, o novo não consegue adentrar e por conseguinte seguiremos em uma vida cômoda, mas infeliz... sem a emoção de respirar o algo novo, de conhecer o interessante, de descobrir os "qs" que fazem com que façamos dessa vida algo mais do que apenas existir.
A tarefa para viver é simples, se desfazer dessas coisas e deixar os braços abertos e livres, se jogar no desconhecido, no desconfortável, no novo. As vezes, é preciso inclusive queimar os "navios" como me ensinou um amigo, pois se você precisa chegar a um lugar e tem dois caminhos, um curto e pelo mar onde há um abismo que não tem como desviar e outro por terra que é longo, mas seguro. De que adianta ter os navios e se prender a eles? eles são inúteis! navios não navegam em terra firme! não servem mais! são "pesados" demais para carregar no caminho da terra firme. Então queime! deixe ir! tome outro rumo! deixe que o vento que aponta o novo te guie! abra o coração!

Percebi que essa atitude é aplicável a todos os aspectos da vida e que se praticar ela diariamente, perceberemos o quanto de coisas inúteis guardamos, sejam objetos, sentimentos, sonhos, ideias, pessoas...
O início é bem difícil, parece que se está sobre efeito de uma espécie de hipnose e que será impossível se desfazer disso ou daquilo mas com o passar do tempo e a prática diária, perceberás que a sensação de viver com os braços abertos é indescritível e que também verás que o vento é muito mais gostoso de se sentir quando se está livre de tantas coisas que carregamos inutilmente.

Deixe que o vento da tua intuição te guie e siga sem medo de largar o que não serve mais!


2 comentários:

  1. Adorei o texto Shei!! Fiquei lislonjeado em ter dedicado ele a mim e muito feliz em ter te ajudado com isto e de saber que a minha atitude te inspirou!
    Percebi que do mesmo jeito que eu aprendi coisas com você, você aprendeu comigo também...e tudo numa simples conversa! Para mim este é o tipo de pessoa que vale a pena manter nas nossas vidas! As pessoas que agregam, que evoluem junto com a gente!
    Obrigado por tudo!!

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  2. Legal ler isso!

    Minha vida tem sido assim, aprender a deixar ir. Uma tremenda prova de amor mas uma das tarefas mais difíceis da vida. Difícil encontrar um argumento que pareça válido para nos fazer aceitar que deixar ir é o melhor. Bom, meu coração está do outro lado do oceano. Para conseguimos isso atiramos no escuro, nos esforçamos absurdamente e abrimos os braços para a vida.

    Essa é a melhor foma de se viver. A melhor forma de ser diferente, de receber novas possibilidades.

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